Das respostas...!

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Esperei tanto por respostas. Foram tantos e-mails  escritos e não enviados, tantas mensagens apagadas, tantas chamandas canceladas.
Tantos questionamentos, tantas perguntas, tantas interrogações...
E de repente me vejo com sua resposta.
Recebo notícias quando já o julgava perdido, apenas um endereço eletrônico esquecido, entre tantos outros que chegaram e que partiram...
Mas você reaparece, e me deixa um tanto incrédula, ao constatar que já não quero mais respostas.
Já não quero mais explicações, nem saber o que acontece em sua vida, com seus dias, com seus planos. Já não ocupas mais o trono do meu coração, e na avenida deserta de minha'alma, nem sonhos desfilam mais.
Estranho essa sensação. Estranho perceber como tudo morre, até a mais louca e desvairada das paixões, morrem... E morre sem fazer alarde. Morre quietinha e silenciosas. Morre tão devagar, que mal nos damos conta dessa morte.
Só percebi essa morte ao receber sua mensagem. Percebi essa morte ao ler vagarosamente cada palavra sua, e fazer um esforço imenso para tentar dar algum sentido a tudo que me escreveu, e olha, juro que nada fez sentido. Nada fez sentido, porque você já não faz mais sentido em minha vida...
Tão estranho essa sensação de liberdade. Me ver livre de um sentimento que me mantinha cativa, que me mantinha prisioneira, que me fazia sofrer, e que enchia de dor os meus dias.
Tudo isso passou, e resta só esse estranhamento diante das palavras que me escreveu e que nada significam mais...


PS: Um agradecimento especial a Layla Lauar, que tão generosamente faz meu blog mais bonito, tanto que até me inspirou a escrever um pouco...
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Das cartas que não te enviei...! II

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Custo a crer que já se passaram dias, semanas, meses e que somente me resta a saudade...

Custo a crer que nada ficou além de um gosto amargo de fel
Que nada ficou além desse silêncio sepulcral
Que nada ficou além dessa amargura abissal
Que nada ficou além dessa dor recalcitrante que me sufoca
Custo a crer que eu tenha sumido assim de tuas lembranças...
Ainda custo a crer...
Porque ainda te escuto em cada música que ouço
Ainda te vejo em cada poema que leio
Ainda te sinto em cada gota de água que escorre pela minha pele
Você ainda está em cada palavra que escrevo
Ainda penso em voce nas frias manhãs outonais
Você ainda é pura poesia...

Sabe, a única coisa que me atormenta é não saber o que se passa com voce. Se está feliz, se encontrou a paz em suas escolhas, se pensa em mim.... Se pensa no que vivemos e na intensidade do que vivemos. É horrível esse não saber de nada. É horrível não saber dos seus dias, da sua vida...

Quero crer que que tudo isso ainda vai passar, eu espero mesmo que passe. Espero que tantos sentimentos se transformem em indiferença.
Mas por enquanto não consigo ser indiferente a NADA que me lembra voce, e TUDO me lembra voce!
A gente sabe que vai passar, mas enquanto não passa, dói absurdamente...
E quando terminar a dor de sua ausência, ainda assim continuará a dor da saudade da magia do que vivemos.



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Das cartas que não te enviei...! - I

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Tenho resistido bravamente à vontade que tenho de te falar, de te escrever. Guardo uma caixa de rascunhos, cheia de e-mails escritos e não enviados, como se ao escrever, eu pudesse exorcizar todas as tuas lembranças, que me açoitam a alma e  o coração A minha pele, a minha boca, ainda ainda quarda  o sabor da tua . E o meu corpo... Ah, o meu corpo! Ainda teima em guardar o toque de tuas mãos. Ah, o toque das tuas mãos...! Como podem as lembranças nos assombrar assim? O vazio que ficou ainda é avassalador. Ainda me perco nesta vontade quase constante de te contar os meus dias e as minhas noites. De partilhar contigo aquelas coisas pequeninas que me habituei a dividir por dois. Das intermináveis horas ao telefone, do acordar ao som da tua voz... Sinto saudades, como sinto... de nossas fantasias, de nossos diabinhos soltos, fazendo mil travessuras, de como nos deixávamos embriagar de desejos ao imaginar mil formas de prazer... Descortinamos um mundo encantado, diria que quase irreal, de como nos propúnhamos a viver o prazer entre um homem e uma mulher... Mas o mundo é tão real em suas cobranças, em nos moldar ao seu jeito, em nos mostrar que sonhos são apenas sonhos... Talvez tenhamos exagerado no nosso sonhar... Ainda me assusta saber que não devo pegar no telefone de cada vez que quero muito falar contigo. Ainda olho o nosso telefone ( sim, eu tinha um telefone só para voce, para nós...), na gaveta, como que na esperança de alguma chamada tua... Ainda me invade uma sensação estranha ao amanhecer, quando ouvia o toque do celular e ainda meio sonolenta ouvia tua voz, e era o bastante para ser sempre primavera em meu viver... Ainda me aterroriza o silêncio que fica em vez da tua voz. E ainda me sinto fraca e vulnerável por não ser capaz de lidar com isto de outra maneira. Ainda... E são ainda tantas as noites em que adormeço rendida ao cansaço, por já não ter mais forças para lutar contra as saudades que sinto de ti. Não devo perdir desculpas, voce já me disse isso. Mas como não te perdir desculpas por me sentir assim, tão fraca, tão frágil, diante da tua ausência, da falta que sinto de você... As vezes sinto que essas lembranças somem, desaparecem, como neblina no cálido calor do sol da manha, outras vezes me chegam assim, de chofre e me invadem, como uma avalanche, que nada deixa nada  pela frente, e me deixa assim, tão frágil, soterrada sob recordações do que vivemos e do quão pouco que restou desse amor...





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Abduzida...!

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"Alguma coisa aconteceu comigo. Alguma coisa tão estranha que ainda não aprendi o jeito de falar claramente sobre ela. Quando souber finalmente o que foi, essa coisa estranha, saberei também esse jeito. Então serei claro, prometo. Para você, para mim mesmo. Como sempre tentei ser. Mas por enquanto, e por favor, tente entender o que tento dizer."


Caio Fernando de Abreu



*Em algum momento percebemos que o que queremos dizer já foi dito, a muito tempo, por outras pessoas. E hoje, faço uso das palavras de Caio Fernando de Abreu, para tentar expressar o que se passa comigo...


**Meu carinhos especial e avassalador para cada um de vocês que por aqui passam e deixam o perfume da amizade impregnado nas palavras de carinho que me dedicam...


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Eu sabia...!

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Eu sabia que sangraria, eu sabia que despencaria a qualquer momento da corda bamba por onde tentava me equilibrar, depois que te conheci. Eu sabia... Só não sabia que ia doer tanto, que o sangue formaria essa poça à minha volta, por onde me afundo, me afogo e me perco... Que me quebraria toda, despedaçando-me em caquinhos irrecuperáveis. Eu sabia... Mas eu quis “pagar pra ver”... Achei que valia a pena os riscos... E valeu! Apenas o fim chegou antes do que eu esperava... Ainda queria mais um pouco dessa felicidade que invadia meu corpo, meu cérebro, feito droga, fazendo-me perder completamente a noção do perigo...





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Surpreender-se...!

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Podemos brincar com as palavras, podemos brincar com a vida, podemos brincar até com o destino, se estivermos num dia propício...

Mas ao brincar, devemos estar preparados para receber de volta a brincadeira... E será que estamos? Será que sabemos, deveras, de que estamos brincando de pedir para o destino, para a vida?

Minha brincadeira preferida era querer ser surpreendida. Cansada dos lugares comuns, frases feitas, mesmices enfadonhas, queria sim, essa sensação de ser surpreendida pelo destino. Só não contava que essas surpresas desejadas, pedidas, queridas, vinham assim, acompanhadas de uma sensação de que pedi demais, que poderia ser menos surpreendente. Poderia ser uma surpresinha pequenininha, tipo aquelas lembrancinhas de aniversário de criança, que a gente leva pra casa, devora tudo no dia seguinte, aquelas guloseimas que adoça a boca e acaba rápido. Não algo duradouro, inquebrável, de grande valor, belo, que a gente coloca num lugar de destaque,em algum móvel da casa, para recordar algum acontecimento especial.

Pois não há de ver que a vida me pregou uma peça, e me surpreendeu com uma surpresa gigantesca, dessas pra não esquecer. Para ficar tatuada na alma. Uma surpresa que veio para não ser esquecida....



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Tão pouco...!

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Eu só quero um sonho para sonhar
Um poema de amor ao luar
Uma ilusão para acreditar
Uma paixão para me embriagar
Tão pouco...


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Onde está voce...?

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Onde está voce?

Que iluminava meu sorriso
Que dava brilho aos meus olhos
Que ruborizava minhas faces

Onde está voce?

Que era pura magia
Que aquecia os raios de sol
Que colocava brilho nas estrelas
Que acendia a luz da lua...

Onde está você?

Que embelezava minhas manhãs com as flores da primavera
Que pintava minhas tardes com os dourados do outono
Que aquecia minhas noites com o calor do verão
Que adornava de branco meus dias de inverno...

Onde está você?

Que impregnava minha vida de poesia
Que coloria minha vida com as cores de uma bela aquarela
Que alegrava meus dias com as mais belas melodias...

Onde está você?

Que não mais encontro nas cores do arco-íris
Que não mais vejo na leveza do vôo das borboletas
Que não mais ouço na harmonia dos cantos dos pássaros...

Onde está você?

Que não mais encontro na magia do por do sol
Que não mais vejo na exuberância das cachoeiras
Que não mais sinto na doçura de uma fruta Silvestre

Onde está você

Onde está voce, que pintou de cinza os meus dias
Ao me deixar aqui sozinha…




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De como eu te amo...!

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Amo-te com minha maturidade
E com total imaturidade
Amo-te com o pouco de juventude que me resta
E com toda a irreverência da adolescência
Amo-te com toda prudência
E uma total falta de juízo
Amo-te assim
Com todas as minhas certezas
E tão cheia de incertezas
Amo-te confiante
E tão cheia de inseguranças
Amo-te corajosa
E com todos os meus medos
Amo-te, com um amor equilibrado
E tão inconsequente...
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Preciso-te...!

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Nessa tarde morna de novembro, deixo-me ficar a pensar em ti. Meus pensamentos vagueiam por todos os cantinhos de nossas lembranças. Lembranças do que vivemos, lembranças das emoções e sensaçães que experimentamos de forma tão intensa e completa. Meu corpo nasceu para se aninhar no teu, e minhas mãos para se entrelaçarem nas tuas, nessa entrega, onde de olhos fechados, sabíamos todos os caminhos do prazer...
Sinto um sufoco no peito. O corpo paralizado, se nega a obedecer a qualquer comando de reagir... Uma saudade angustiante devora-me por dentro, uma vontade lancinante de ti. Minha boca guarda o sabor da tua quando petiscavas beijos, e meu corpo guarda as sensações provocadas por teus carinhos atrevidos. Quero-te. Necessito-te. Preciso-te. Há em mim uma urgência de sua presença, para que eu possa sair desse estado de torpor provocado por essa falta insuportável que me fazes....




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Ilustração: Briar Rose, by Alexandra Dawe

PS: Texto escrito em 18/11/2010 às 17:35

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