A primeira lida, soa meio estranho imaginar um amor avarento. Mas quando o amor chega, e nos invade, percebemo que queremos um amor avarento sim... Um amor para amar bem devagarzinho, que é para não acabar logo...
Amar devagar, sem pressa, sem horário, sem limites, sem barreiras. Amar a conta-gotas, para durar indefinidamente, e que se acabar, que fique o sabor do "eterno", pela intensidade de sentimentos.
Amar lentamente, demoradamente,pausadamente... Traçar mapas geográficos na pele um do outro, numa sensual cartografia do corpo amado, decifrar com as pontas dos dedos cada pontinho de prazer, como se estivesse em código braille...
Quero gotinhas desse amor, dosadas egoisticamente, todos os segundos, todos minutos, todas as horas, todos os dias, indefinidamente... Gotas homeopáticas de paixão, de desejo, de encantamento, de magia... Um amor avarento, para ser degustado bem escondidinho, que é pra ninguém pedir um pedacinho...
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