Realidade...!

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Pés no chão.
Cabeça nas nuvens.
Qual o segredo para viver esse paradoxo?
Nunca perder o nosso cotidiano de vista.
Talvez esse seja o segredo das pessoas com a cabeça no lugar.
As vezes andamos nas nuvens, e se não estivermos com um pé na realidade, o tombo é feio...
A vida não se sustenta de ilusões e sonhos. É muito bom sonhar, faz a gente delirar, cantar, fazer poesias...
Mas jamais esquecer que amanhã é quarta-feira, e que temos de trabalhar, estudar, levar os filhos ao médico,ir a reunião do colégio, fazer supermercado, ir ao salão de beleza, levar o carro na oficina, pagar as contas, levar e buscar os filhos nas festas, chamar o jardineiro, trocar aquela lâmpada queimada, organizar a festa da filha, chamar o bombeiro para consertar aquela torneira pingando, contratar a empregada, levar a roupa na lavanderia, ir ao psicólogo, senão a cabeça pira, ir a academia, à sessão de yoga...
Ah! E ainda tem aquela reunião no escritório, no final da tarde...
O chão da realidade é assim...
E os sonhos? Bem, os sonhos... continuemos sonhando...
Afinal, são eles que nos sustentam, sustentam a alma.
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Inércia

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Da janela da minha sala, vejo a vida que passa.
Meus olhos vislumbram a tênue linha que
separa "o céu da terra".
O horizonte se agiganta e desaparece das minhas vistas,
enquanto faço um esforço, em vão, para alcançá-lo.
Meu olhar vagueia por entre os carros que passam,
pelas pessoas que transitam absortas em seus pensamentos,
pelas árvores que balaçam indolentes ao sabor de
um vento que mais parece acariciá-las.
É uma tarde morna.
Daquelas que nos entediam, um convite ao ócio.
Uma sensação de dormência entorpece os sentidos.
Meu olhar cansado, ofuscado pela claridade, vai perdendo
o foco, e as imagens vão ficando retorcidas e embaçadas.
Sinto nos ombros o peso do mundo.
Os braços caem inertes ao longo do corpo,
O coração palpita forte e compassadamente
como se precisasse de mais ar.
Pernas cansadas, parecem ter cem anos.
Os pés, como chumbo, fixam-me ao chão.
Nem um músculo do meu corpo reage.
A boca exibe um sorriso que é mais um
rito do que já foi um dia.
As mãos frias se entrelaçam, como para ter certeza uma da outra.
Nesse ato de inércia e contemplação,
perco-me em meus devaneios.
Estou à procura de mim.






PS: Meu carinho especial a todos que aqui estiveram, deixando palavras de incentivo, força, carinho...
O meu muito obrigada!
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