Sobre sonhos...!

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Parafaseando um velho dito popular: Quanto mais alto o sonho, maior o preço a pagar, mas...



Nunca fui de sonhar sonhos de liquidação...





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Atrevida...!

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Cavalgo meus sonhos
sob o açoite
de suas fantasias...
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Foi assim...!

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Foi há exatos dois meses, lembra-se? (...) De uma forma totalmente inusitada, nos encontramos em um local, onde a possibilidade de algo mais sério e profundo estava totalmente descartada. Eu buscava a aventura, a brincadeira, a irreverência, uma conversa inteligente para preencher a solidão de um tarde de domingo, tu buscavas satisfazer tua curiosidade, algo que pudesse preencher tuas fantasias...
Não procurávamos o amor, mas hoje, creio, ele estava a nossa procura...
Quando nos dissemos ”oi!” e perguntaste se um ”presentinho” me surpreenderia, respondi que não era por aí que gostaria de ser surpreendida... Foi a deixa que esperavas para começar um delicioso jogo de palavras e sedução, que nos prendeu ali por várias horas, até que ficássemos incomunicáveis...
Outras e outras e mais outras conversas, intermináveis horas, que sempre passavam voando, se seguiram à aquele dia... Quando surgiste na minha frente, te olhei nos olhos e senti o gosto do seu beijo, o cheiro do seu corpo, ali, naquele momento eu sabia que estava completamente apaixonada. Teu cheiro, uma mistura máscula de homem e de uma loção pós-barba, invadiu meu olfato, um cheiro que guardo impregnado em mim até hoje. Passamos pelo teste da “química”, uma química deliciosamente inexplicável, onde o roçar da tua pele na minha, provocava um frisson incontrolável, e a urgência de nossos corpos nos impelia a uma louca atração física, já que nossas almas já se completavam... Descrever os momentos, as horas que se seguiram ao nosso encontro, seria impossível...Não foi sexo. Sexo é m..., f..., t..., c..., f..., essas coisas que não cabiam ali naquele ato... E usar essas palavras chulas e vulgares para definir nosso ato , seria uma heresia... Também não fizemos amor, amor não se faz, droga! Estava pronto, moldado em nossos corações, em delicadas formas e belos arabescos . Ele existe, existia, estava entranhando em nós. Estávamos repletos de amor. O amor nos inundou feito represa arrebentando... Assim aconteceu conosco, uma inundação de amor. Quando me tomaste nos braços, estreitando-me contra teu corpo alto e forte, eu queria oferecer-me a você, queria fundir-me ao teu corpo, queria tornar-me uma extensão tua, um único corpo, preenchido pelo amor. Queria dizer: Toma-me, sou tua! Não uma entrega física, mas uma entrega de alma... Queria que me tomasse e me amasse, como se fosse algo sublime e profano ao mesmo tempo ,que recebesse meu corpo em tuas mãos, e nele moldasse o amor, em todas as tuas formas, cores, sons e aromas. Fazendo do intocável, do efêmero, a personificação de uma paixão. Terás percebido que te entreguei muito mais que meu corpo? Que te entreguei minha vida? Percebes agora que preciso de ti para continuar vivendo, e continuo precisando de ti para existir... E foi assim que nos vimos alagados, encharcados, ensopados por uma paixão e um amor que nos saciou todas as sedes, e nos deixou com doces lembranças e vontades-de-quero-mais...


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Com direito a trilha sonora...




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Memórias do meu corpo...!

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De olhos abertos, ou de olhos bem fechados, tuas lembranças dominam-me. Minha pele gravou o toque de tuas mãos, minha boca o sabor de teus beijos, e meu corpo o calor do teu corpo.

Viciante e inebriante, as sensações de ter-te em meus braços, e de perder-me nos braços teus está gravado como tatuagem em meus sentidos. Tento separar pedaços dessa lembrança e sinto como se tudo estive embaralhado. Teu corpo, tua voz, teus olhos, tua boca, teu sorriso, teu gosto, teu cheiro, teu sabor. Estás em mim, sai-me pelos poros, sinto tua presença, teu hálito quente ao me beijar, preenchendo minha boca com aquele beijo que começa pelo canto da boca até tomá-la por inteiro, roubando-me a noção do tempo. Tuas mãos tocam-me, com aquela leveza e despudor que entorpecem meus sentidos, fazendo-me levitar, num frenesi que dói a garganta, a boca fica seca, faltando-me o ar...

A tua falta angustia-me, tortura, lacera, trespassa minhas entranhas. Tento enganar o tempo, fujo de mim, me escondo em outros lugares, como se assim tuas lembranças não pudessem me perseguir, mas você está em mim, entranhado na minha derme , e o desejo de ti a caminhar em mim, tateando meus segredos, como naquele dia, deixa-me exaurida...
Quero-te! Quero tua presença, teu sorriso, tua voz sussurrando em meus ouvidos palavras inconfessáveis...Esse querer é doído,uma dor sublime, como se voce, sem querer, tivesse levado a melhor parte de mim, a parte que faz-me mais falta, para respirar, comer, dormir, sonhar, sorrir...

Tenho medo de ficar sozinha com tuas lembranças, elas acabrunham-me. Feito menininha medrosa em noites de tempestade, me escondo, cubro a cabeça com o cobertor, tapo os ouvidos com o travesseiro, na tentativa de livrar-me das recordações de nós, tudo inútil... Estás dentro de mim, no sangue que corre em minhas veias, no coração que pulsa em peito, tua imagem está guardada na retina dos meus olhos, em minha mente, em minha alma, em meu ser... Apoderaste de mim, invadiu-me, tomaste posse, senhor absoluto do meu pensar...




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Ilustração: Blue Nude. Pablo Picasso.
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