Sobre covardes e covardia...!

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A maior covardia do ser humano é ter medo de ser feliz.


"A covardia se opõe à "audácia, bravura, brio, coragem, denodo, destemor, impavidez, intrepidez, valentia". É um vício de comportamento que definitivamente os grandes homens não possuem. Deles se aceita outros desvios, não este. Não haverá quem se queira grande, poderoso, que possa ter em si um mínimo de covardia.
E que não se entenda que estes, os grandes homens, possuem aquela valentia estúpida que beira a intolerância e a presunção."

O dicionário Houaiss assim define o covarde: “comportamento que denota ausência de coragem; atitude, gesto que se caracteriza pelo temor, pelo acanhamento, pela falta de ousadia”

Segundo a Wikipédia:
Covardia é um vício que, convencionalmente, é visto como a corrupção da prudência, oposto a toda coragem ou bravura. É um comportamento que reflete falta de coragem; medo, timidez, poltronice; fraqueza de ânimo; pusilanimidade ou ainda ânimo traiçoeiro.

É o oposto de bravura e de coragem. É algo que te força a não tentar, a não lutar por simples medo, por indecisão, por fraqueza. É deixar de fazer algo, desistir, abandonar pela metade pela falta de confiança em si próprio. É atacar sabendo que o adversário não poderá defender-se.

* Do covarde espera-se tudo, - inclusive a covardia. Afinal, são tão pequenos quanto grãos de areia ou sementes da mostarda....





*" Viver com medo é viver pela metade."



PS: Agradeço, avassaladoramente, os votos de um Feliz Natal, e desejo a todos os amigos queridos, um Ano Novo cheio de paz, alegria e felicidade!


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Sobre gelo e sentimentos...!

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Quantas vezes, ao longo de nossas vidas, não vimos nossos sentimentos depositados assim, sobre uma grossa camada de gelo...






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?

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Alguma coisa mudou
Desandou
Desafinou
Quebrou
Partiu
Rachou
Lascou
Murchou
Deteriorou
Trincou
Danificou
Gastou
Fragmentou
Estilhaçou
Despedaçou
Destroçou
Rasgou
Dilacerou
Fendeu
Gretou...


Apenas uma pergunta: Por quê?



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Sobre sonhos...!

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Parafaseando um velho dito popular: Quanto mais alto o sonho, maior o preço a pagar, mas...



Nunca fui de sonhar sonhos de liquidação...





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Atrevida...!

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Cavalgo meus sonhos
sob o açoite
de suas fantasias...
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Foi assim...!

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Foi há exatos dois meses, lembra-se? (...) De uma forma totalmente inusitada, nos encontramos em um local, onde a possibilidade de algo mais sério e profundo estava totalmente descartada. Eu buscava a aventura, a brincadeira, a irreverência, uma conversa inteligente para preencher a solidão de um tarde de domingo, tu buscavas satisfazer tua curiosidade, algo que pudesse preencher tuas fantasias...
Não procurávamos o amor, mas hoje, creio, ele estava a nossa procura...
Quando nos dissemos ”oi!” e perguntaste se um ”presentinho” me surpreenderia, respondi que não era por aí que gostaria de ser surpreendida... Foi a deixa que esperavas para começar um delicioso jogo de palavras e sedução, que nos prendeu ali por várias horas, até que ficássemos incomunicáveis...
Outras e outras e mais outras conversas, intermináveis horas, que sempre passavam voando, se seguiram à aquele dia... Quando surgiste na minha frente, te olhei nos olhos e senti o gosto do seu beijo, o cheiro do seu corpo, ali, naquele momento eu sabia que estava completamente apaixonada. Teu cheiro, uma mistura máscula de homem e de uma loção pós-barba, invadiu meu olfato, um cheiro que guardo impregnado em mim até hoje. Passamos pelo teste da “química”, uma química deliciosamente inexplicável, onde o roçar da tua pele na minha, provocava um frisson incontrolável, e a urgência de nossos corpos nos impelia a uma louca atração física, já que nossas almas já se completavam... Descrever os momentos, as horas que se seguiram ao nosso encontro, seria impossível...Não foi sexo. Sexo é m..., f..., t..., c..., f..., essas coisas que não cabiam ali naquele ato... E usar essas palavras chulas e vulgares para definir nosso ato , seria uma heresia... Também não fizemos amor, amor não se faz, droga! Estava pronto, moldado em nossos corações, em delicadas formas e belos arabescos . Ele existe, existia, estava entranhando em nós. Estávamos repletos de amor. O amor nos inundou feito represa arrebentando... Assim aconteceu conosco, uma inundação de amor. Quando me tomaste nos braços, estreitando-me contra teu corpo alto e forte, eu queria oferecer-me a você, queria fundir-me ao teu corpo, queria tornar-me uma extensão tua, um único corpo, preenchido pelo amor. Queria dizer: Toma-me, sou tua! Não uma entrega física, mas uma entrega de alma... Queria que me tomasse e me amasse, como se fosse algo sublime e profano ao mesmo tempo ,que recebesse meu corpo em tuas mãos, e nele moldasse o amor, em todas as tuas formas, cores, sons e aromas. Fazendo do intocável, do efêmero, a personificação de uma paixão. Terás percebido que te entreguei muito mais que meu corpo? Que te entreguei minha vida? Percebes agora que preciso de ti para continuar vivendo, e continuo precisando de ti para existir... E foi assim que nos vimos alagados, encharcados, ensopados por uma paixão e um amor que nos saciou todas as sedes, e nos deixou com doces lembranças e vontades-de-quero-mais...


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Com direito a trilha sonora...




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Memórias do meu corpo...!

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De olhos abertos, ou de olhos bem fechados, tuas lembranças dominam-me. Minha pele gravou o toque de tuas mãos, minha boca o sabor de teus beijos, e meu corpo o calor do teu corpo.

Viciante e inebriante, as sensações de ter-te em meus braços, e de perder-me nos braços teus está gravado como tatuagem em meus sentidos. Tento separar pedaços dessa lembrança e sinto como se tudo estive embaralhado. Teu corpo, tua voz, teus olhos, tua boca, teu sorriso, teu gosto, teu cheiro, teu sabor. Estás em mim, sai-me pelos poros, sinto tua presença, teu hálito quente ao me beijar, preenchendo minha boca com aquele beijo que começa pelo canto da boca até tomá-la por inteiro, roubando-me a noção do tempo. Tuas mãos tocam-me, com aquela leveza e despudor que entorpecem meus sentidos, fazendo-me levitar, num frenesi que dói a garganta, a boca fica seca, faltando-me o ar...

A tua falta angustia-me, tortura, lacera, trespassa minhas entranhas. Tento enganar o tempo, fujo de mim, me escondo em outros lugares, como se assim tuas lembranças não pudessem me perseguir, mas você está em mim, entranhado na minha derme , e o desejo de ti a caminhar em mim, tateando meus segredos, como naquele dia, deixa-me exaurida...
Quero-te! Quero tua presença, teu sorriso, tua voz sussurrando em meus ouvidos palavras inconfessáveis...Esse querer é doído,uma dor sublime, como se voce, sem querer, tivesse levado a melhor parte de mim, a parte que faz-me mais falta, para respirar, comer, dormir, sonhar, sorrir...

Tenho medo de ficar sozinha com tuas lembranças, elas acabrunham-me. Feito menininha medrosa em noites de tempestade, me escondo, cubro a cabeça com o cobertor, tapo os ouvidos com o travesseiro, na tentativa de livrar-me das recordações de nós, tudo inútil... Estás dentro de mim, no sangue que corre em minhas veias, no coração que pulsa em peito, tua imagem está guardada na retina dos meus olhos, em minha mente, em minha alma, em meu ser... Apoderaste de mim, invadiu-me, tomaste posse, senhor absoluto do meu pensar...




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Ilustração: Blue Nude. Pablo Picasso.
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Amor avarento...!

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A primeira lida, soa meio estranho imaginar um amor avarento. Mas quando o amor chega, e nos invade, percebemo que queremos um amor avarento sim... Um amor para amar bem devagarzinho, que é para não acabar logo...

Amar devagar, sem pressa, sem horário, sem limites, sem barreiras. Amar a conta-gotas, para durar indefinidamente, e que se acabar, que fique o sabor do "eterno", pela intensidade de sentimentos.

Amar lentamente, demoradamente,pausadamente... Traçar mapas geográficos na pele um do outro, numa sensual cartografia do corpo amado, decifrar com as pontas dos dedos cada pontinho de prazer, como se estivesse em código braille...

Quero gotinhas desse amor, dosadas egoisticamente, todos os segundos, todos minutos, todas as horas, todos os dias, indefinidamente... Gotas homeopáticas de paixão, de desejo, de encantamento, de magia... Um amor avarento, para ser degustado bem escondidinho, que é pra ninguém pedir um pedacinho...



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Sobre raios de sol...!

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Nossa vida tem seus dias de raios de sol, dias chuvosos, dias nublados, noites de tempestade, noites escuras como o breu, ou noites em que a lua derrama sua luz prateada, deixando tudo iluminado...

Hoje, eu preciso apenas de uma vela...




*"Não perdi nada...
Apenas a ilusão de que tudo
podia ser meu para sempre."


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Dos meus medos...!

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Num processo de negação, tento esquecer sua ausência. Os minutos, as horas, os dias em que não estás por perto, deixam-me num estado de lertargia total, onde nada mais importa.
Na doce ilusão de aplacar essa ansiedade,me entrego a mil e uma atividades. Como uma criança hiperativa, ligo a TV, abro um livro, ligo o computador, escrevo, ouço música, leio poesias, as vezes abro uma garrafa de vinho, recebo um telefonema, ligo pra alguém, saio com amigos,me peguei até indo mais à casa de minha mãe, e por lá ficando, como a escorder-me das saudades tuas, como se todo esse burburinho pudesse afastar de mim tua presença,como se pudesse afastar-te para bem longe, mas, a despeito de tudo isso, continuas sempre por perto, como um fantasminha camarada a rir-se de mim...
Toda essa fuga é medo, medo de perder tudo isso que estou sentindo. Medo que de novo, o vazio se apodere de mim, e a beleza dos sentimentos despertados por ti esvaneçam no ar...
Sinto medo... Medo de não mais sentir a boca seca, o coração batendo forte, a falta de ar, esse nó na garganta, como se pudesse chorar de felicidade a qualquer momento, as mãos trêmulas ao atender o telefone quando ligas, a pele arrepiando ao ouvir tua voz, as pernas bambas, com tuas palavras deliciosamente atrevidas e indecentes, essa onda de prazer que invade meu corpo, toda vez que penso em ti. Medo, meu amor, um medo angustiante de não viver outros momentos, como os que vivemos. Medo de que algo se interponha entre nós. De não termos nossos dias, nossas noites, nossas horas, nosso segundos, nossas fantasias, nossos sonhos tão sonhados...

É medo, amor, apenas medo...




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A quatro mãos...!

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Em princípio
Eram palavras numa tela
Já insuficiente
Instala
Sentimentos desordenados
mais que ele, a paixão
Impaciente, indecente
que se torna desabrida
Num misto de atrevida e inibida
O corpo surge...
Mosaicos de desejos
A princípio homeopático
Avassaladora sensação
Vai se tornando inapelável A paixão.
Ofegante a respiração
O corpo exposto com fartura
Numa deliciosa tortura
Estreita o caminho de volta
Já sem volta
Fui a loucura
Sem querer a cura
Estou apaixonado.
Estou apaixonada.
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Uma flor nasce aqui, como diz o próprio autor do blog: Antonio Tapadinhas -http://semargens.blogspot.com/
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Das saudades...!

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Hoje me peguei a ler e reler comentários vários, de posts antigos. A vida, o dia-a-dia, essa roda viva em que vivemos, vai nos levando de roldão, e quando nos damos conta, o tempo passou...
Alguns amigos passaram, outros chegaram, alguns amores se perderam pelo caminho, outros surgiram como o florescer da primavera...
A vida é um ciclo, ou círculo, sei lá que terminologia usar para definir esse nosso viver, tão recheado de paradoxo angustiantes, outros, de pura felicidade.
O certo é, que, uma garrafa de vinho, um frio de 18º , as custas de um ar artificial, me fez parar e tentar reviver momentos que marcaram minha vida, desde que ingressei nesse mágico mundo da blogosfera.

Há momentos em que nosso mundo vira de cabeça pra baixo, e desastrados que somos, até conseguirmos colocar tudo em ordem, a "barafunda" que se torna nossa vida, vamos perdendo o que temos de melhor, os amigos, que sempre nos confortam, com palavras de puro encantamento, em momentos que para nós, o mundo desaba...
Mas ao reler o que tenho de comentários, de amigos que por aqui passaram, deixando para mim, gotinhas de otimismo, de felicidade, de amizade, de amor, de carinho, fico emocionada e me sentindo culpada por não conseguir retribuir tudo isso, como deveria, como cada um de voces merecem.
Amigos, hoje é dia de saudade... Saudade, apenas saudade!
Sei que cada um de nós, temos nosso tempo, por vezes, de tempestade, outros de sol de primavera...
Plantei lentrinhas, rimas, amor , e muito carinho, no jardim da minha vida...
Acho que vou ter um belo canteiro de poesia... Que florescerá com o adubo da amizade de cada um de vocês...
Vocês são como a chuva que chega e mata a sede da terra, fazendo a natureza se regenerar, fazendo a vida brotar verdejante e exuberante, onde antes só havia a natureza morta, pela seca e pelas queimadas...
Me perdoem pela ausência. Tenho fé que em algum momento, as coisas voltarão ao rítmo normal. E obrigada pele generosidade do carinho e amizade de todos.

Beijos, com sabor de primavera, para cada um de voces, que ocupam um lugar especial em meu coração...





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Recomeçar...!

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Mastiguei minhas dores


remoí minhas mágoas


bebi minhas angustias


lambi minhas feridas


e de novo estou aqui


A desafiar a vida!








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Como morrem os sentimentos...!

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Busco tuas lembranças em minha memória e só encontro o vazio. Desaparecem as alucinações, as visões, os flashs de memória que a cada momento faziam-me ver teu rosto, como um fantasma a assombrar-me. Teu sorriso me vem apagado, encoberto pela nevoa do tempo, e tua voz perdeu o som, que antes acariciavam meus ouvidos. Apenas um vulto disforme ainda vagueia por minhas lembraças, até o momento que nada mais restará de ti.
Faz-me falta as tuas lembranças. Estava cheia te ti, prenhe de nossos momentos, e de repente me vejo esvaziada de tudo que me preenchia, e esses vazio do vazio que resta de tí, angustia-me. Falta-me voce para recordar, teu cheiro, tua pele, teu sorriso, , falta-me as recordações do teu abraço, das noites em que nossos corpos fazia poesia em movimento. O que ainda me resta de tí, se perde na neblina do tempo. Trago os olhos tão cansados de procurar por teu rosto, ou os contornos do teu corpo, entre nebulosas recordações de tí .Estar vazia de tí causa-me estranheza e uma sensação de um abismo sem fim. Como um sotão mal assombrado, assim está minh'alma sem tua alma, onde sombras escuras dão aos restos de sentimentos vultos disformes na escuridão do meu ser. Um sotão onde restos de nós , em imagens disformes assombram-me os sentidos...






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Quando...!

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Quando já não resta nada
ainda assim fica um vazio
que corta como aço de navalha...

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Alma inquieta...!

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Minh'alma anda inquieta. Vagueia por entre ruelas e becos de mim mesma, a procura de sei lá o que. Talvez palavras novas, que possam traduzir melhor velhos sentimentos, ou, quiçá, novos matizes, para pintar a vida, já tão desbotada e cansada dos velhos entretons. Quero o novo, o inconquistável, o impossível, quero a descoberta de algo que faça a diferença nessa mesmice do dia-a-dia. Já não quero mais as encanecidas letras , as pontuações, frases feitas, e bordões. Quero o inusitado, o insólito. Estou entediada das mesmas cores, das mesmas paisagens, dos mesmos maçantes coloridos, os mesmos vocábulos. Quero desbravar o novo. Quero um explosão de cores que escondam a pasmaceira que existe por aí, diferentes nuances para o cinza da melancolia... Quero um punhado de palavras novas, que sejam capazes de exprimir o que estou sentindo, já que as avelhantadas já estão tão gastas... Minh'alma quer calma, quer serenidade, a paz contida no vôo dos pássaros, ou nos campos floridos da primavera.



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És...!

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És minha busca
Minha espera
Minha ansiedade
Habitas meus pensamentos
Dominas meus desejos
Senhor dos meus sonhos
És dono da minha imaginação...
Sem conhecer o teu sorriso
Sem provar teus beijos
Sem olhar nos teus olhos
Sem sentir teu abraço
És minha inspiração...
Sem te amar
sem te sentir
Sem te tocar

És minha obsessão...



* Não importa quão paradoxal possa ser a arte dos encontros.As vezes pode ser uma Caixa de Pandora...
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Assim vou te esquecendo...! II

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E passam-se as estações. Foi-se o outono, com suas árvores tingidas de vermelho, profusões de folhas pelo chão, dias curtos, noites longas e um friozinho anunciando o inverno, inverno que chegou rigoroso, trazendo mais gelo para um coração já petrificado depois de sua ausência. Um frio que tinge de branco a relva, nas noites de solidão em que suas lembranças são como fantasmas, a assombrar-me a alma. Uma lareira crepitante a um canto, pinta de dourado uma sala escura, projetando nas paredes imagens fantasmagóricas. Uma taça de vinho me faz companhia, acordes de uma triste melodia ecoa pelo ambiente, e trazem a minha memória, os momentos vividos com você, e uma dor cortante vai trespassando minha alma, numa certeza angustiante de que foram só momentos, nada mais que momentos. Fito as chamas, como se pudesse ver nas labaredas que sobem, o seu rosto, ou sentir no calor que emana desse fogo, o aconchego dos seus braços quando me abraçavam. Simulo um abraço com meus próprios braços, me encolho no tapete, e fico assim imóvel, e um frio que fogo nenhum aquece invade o meu corpo. Preciso de você, e essa dependência me angustia. Queria-te dispensável, descartável, algo para ser usado e jogado fora, uma noite de aventura e nada mais. Não assim, invadindo-me, ocupando espaços, destruindo todas as minhas resistências, abalando minhas estruturas, crescendo dentro de mim como uma planta parasita, sugando todas as minhas energias. Tuas lembranças são assim, queimando-me, ardendo em minhas entranhas, como as brasas que vão ficando na lareira. Sorvo mais um gole de vinho, troco a música, atiço o fogo, volto a fechar os olhos, sinto o calor que vem da lareira, e de novo me vejo invadida por essas recordações que queria ver reduzidas a cinzas, lembranças que transformam meu coração numa geleira glacial.



*Texto escrito em 29/06/2010.
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Uni Duni Tê...!.

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Ou isto, ou aquilo

Cecília Meireles


Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!


Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!


Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.


É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!


Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.


Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!


Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.


Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo
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Sentido...

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Um belo dia a gente acorda com uma grande questão:
To be, or not to be? Shakespearianamente falando, uma bela frase....
Ou simplesmente: quemcosô, doncovim, oncotô, proncovô?
Ou traduzindo todo esse emaranhando de palavras, cadê o sentido das coisas, da nossa vida, de tudo que fazemos mecanicamente todos os dias?
Como robôs vamos vivendo uma dia atrás do outro, e de repente, não mais que de repente, uma bela manhã, todas essas coisinhas que fazemos roboticamente perdem o sentido.
Como nessa fotografia, desse cajueiro que se perde num intricado entrelaços de galhos, também nossa vida se perde num intrincado mapa de caminhos, impossível de ser decifrado, e aí começa a dúvida atroz: Onde está o norte?
Acho vou alí, comprar uma bússola...



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Voltas...!

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Nas reviravoltas da vida, queria de volta algumas voltas.

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Restos...!

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Assim termina uma história de amor; em um monte de papeis rasgados.

Pedaços de papel que que antes eram mensagens de carinho, paixão, amor, de repente se tornam lixo, descartáveis, prontos para irem para o fogo.
Melancólico, mas de uma verdade tão cortante...
Uma constatação que dói: O amor termina, acaba, finda, morre!
E dói mais, quando finda para uma das partes. Nem sempre acontece uma morte mútua.
Mas a dor, essa é de ambos.
Uma dor imensa de ter amado de menos.
Uma dor sem limites de ter amado demais
E aí? Morrer de amor, definhar aos poucos, achar que a vida perdeu o sentido?
Não! Hora de limpas todas as gavetas e recomeçar, afinal a vida é assim, mutável.
E nós, sempre estamos prontos para novos recomeços, novos amores...




PS: Estava ajudando uma pessoa muita querida a se desvencilhar dos restos de um amor.
Ao ver o monte de papeis, cartões e tantas lembranças reduzidas a pedacinhos, não resisti e capturei essas imagens.
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Assim vou te esquecendo...!

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Às vezes fico assim, perdida entre palavras, afogada entre letras e sílabas, numa noite em que o sono não vem. Faço da escrita meu mundo particular, onde reino absoluta num castelo de fantasias. Nesses momentos em que me deixo levar pela imaginação, e que deixo a emoção vir a tona, as lembranças me invadem e fazem de mim refém. E começo a divagar, e a buscar o que me resta de ti. Pedaços e mais pedaços de recordações vão se juntando como um intrincado quebra-cabeça, e fico a buscar o que ainda consigo guardar na memória o que ficou dos momentos que passamos juntos. E nessa hora me vejo desejando ardentemente que houvesse uma volta ao passado e eu pudesse recomeçar tudo novamente.

Queria voltar no tempo, ter uma segunda chance e viver tudo aquilo que vivi com contigo de uma outra forma. Queria te conhecer hoje, de novo, queria voltar a experimentar aqueles sentimentos que me faziam gelar as mãos e disparar o coração. Eu apenas queria ter a mágica de congelar sua lembrança, e nada mais...Me cobro, me culpo, me puno e até me colocaria de castigo, de joelhos em cima de grãos de milho, para deixar de ser exagerada e colocar os meus sentimentos assim, tão expostos, como se abrisse suas entranhas e colocasse as vísceras a mostra. Mas de novo volto a repetir que sou assim, intensa, sem saber como usar meio termos quando se trata de se emoção.

Eu apenas não obedeci meu coração, e nem segui a razão, me deixei ser apanhada pela paixão... Nada mau, já que isso mostra que estou viva! Sei que isso vai passar, está passando, já não é tão amiúde as saudades que tenho de ti... Agora tem intervalos em que até te esqueço... Vai chegar a hora em que suas lembranças desaparecerão, como desaparecem aquelas trilhas de condensação que o avião deixa no céu, quando o calor das turbinas entra em contato com o ar frio da atmosfera. Vai passar, e não se sinta com medo ou culpado por nada. A vida é assim, e vivê-la implica em correr todos os riscos. Prefiro correr todos os riscos a deixar e viver. Esse é o meu lema de vida.
Portanto me desculpa se te meto medo... Apenas sou um tanto exagerada!




Atualiado em 29/06/2010

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Dispensa apresentação... Uma múscia simplesmente linda!



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Meu jeito de dizer que te amo...!

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Meu jeito de dizer que te amo




Exagerada, melodramática, impetuosa, insana, profana, ardente, intensa desvairada, avassaladora!

Assim sou eu. Não sei falar de amor com meias palavras. Não sei ser contida, cautelosa, nem sutil na hora de falar de sentimentos.

As palavras escorregam pelas pontas dos meus dedos e vão formando letras nessa tela branca, que tentam expressar esse meu sentimento. Esse amor me enche a mente, o coração, derrama pelos meus olhos, e me deixa assim, fazendo poesia, sem ser poeta, cantando, sem ser cantora, filosofando sem nada entender de filosofia.

Meu jeito de dizer que te amo é assim, como uma bebida forte queimando garganta abaixo. É labareda que arde por dentro e alastra por todos os lados, incendiando tudo. É onda gigantesca que rebate nas rochas repetidas vezes e não desiste, até deixar sua marquinha na pedra bruta. Só assim sei dizer que te amo!

Meu jeito de dizer que te amo é como uma tempestade tropical, inunda, alaga, escorre, encharca. É como a força das avalanches, nas brancas montanhas de neve, ou tufões que açoitam com força descomunal tudo que beira a costa. Meu jeito de dizer que te amo, tem a força da natureza enfurecida, porque amar não tem limites nem medidas.

E, no entanto, meu amor é tão frágil, tão puro, tão quebradiço como um cristal. E esse amor é tão dependente de você, de seus carinhos de seus cuidados, de seu afeto, e por ser assim, tão delicado é que meu jeito de dizer que te amo é tão exagerado...

Eu te amo com a força dos ventos, com o calor do fogo, com o frio do Ártico, com a beleza da lua, em noites de lua cheia, ou como o sol causticante, aquecendo o planeta. Eu te amo com as forças do meu pequeno corpo, com o coração, com o sangue que corre em minhas veias, pulmão e vísceras!




Esse post faz parte da Blogagem Coletiva, proposta pelo blog Espaço Aberto, para o Dia dos Namorados.
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E voce não vem...!

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As vezes tenho fome de voce, sede de voce, frio de voce, como se voce fosse meu alimento, a água que sacia minha sede, e o agasalho que me aquece do frio. E voce não vem... E então eu morro aos poucos de fome, de sede, de frio... E voce não vem... E eu preciso tanto de voce...





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Falta de voce

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Falta de voce




Sinto falta de seus braços me enlaçando em um abraço aconchegante e daquele abraço que me fazia sentir fugir o chão e ter somente seu corpo como apoio. Do jeito que passava braços em volta do meu corpo, e me aconchegava a você, numa conchinha prometida e cumprida...

Sinto falta de seus lábios roçando minhas orelhas, descendo pela minha nunca, arrancando arrepios e suspiros de um delicioso despudor. Sinto falta de sua boca mordiscando a minha, de seus lábios a brincar de um beija-não-beija tentador até que a sua língua a buscar a minha, lasciva e indecente a me beijar faminta como se ali ela pudesse saciar toda a sua fome, a nossa fome.

Sinto falta de suas mãos. Ah, as suas mãos, atrevidas, despudoradas, grandes, viris e exigentes, quando desabotoavam minha blusa e roçavam meus seios de uma forma a me levar ao nirvana, ou quando, desavergonhadamente, invadiam minhas coxas por sob a mesa e me faziam alcançar o delírio com força e poder, como se quisessem me fazer desmanchar em pedacinhos de prazer.

Sinto falta de você e de cada momento que vivemos. Sinto falta de você me puxando pelas mãos, me pegando no colo e me cobrindo de beijos. Sinto falta de você tirando meus sapatos, beijando meus pés e me enlouquecendo. Sinto falta da forma que me despia, me cobrindo de beijos a cada parte que descobria. Sinto falta, uma falta tão grande que chega a lacerar meu peito, uma falta de como me beijava inteira e me colocava sobre e mesa e me sorvia por inteira com lábios que ainda pulsam em mim. Falta de como me amava no sofá e de como assim era fácil conhecer o paraíso.

Ah, sinto falta! Falta do seu corpo sobre o meu, do calor, do frenesi,do êxtase que nos fundiam em um. Falta do seu sabor e cheiro, do seu gosto e do seu corpo.Sinto falta do beijo de boa noite, da maneira que ajeitava o edredom para me aquecer, do jeito que alisava meus cabelos com tanta ternura e carinho , da sensação de ficar alí, em seus braços, ouvindo sua respiração enquanto dormia, e de como eu me negava a adormecer, com medo de perder cada segundo ao seu lado. Sinto falta, uma falta que me faz faltar o ar, que arde, que queima, que lacera, que corrói o meu peito, que atormenta meus dias e torna minhas noites mais longas.
Falta de você!

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Ilustração: Mulher no Sofá, Van Dongen
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Hora de agradecer...!

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Nem sempre nos lembramos de agradecer por tantas graças alcançadas.
Gracias a La Vida é especial para esse meu momento.Depois de alguns dias hospitalizada,uma cirurgia de emergência, outros tantos convalescendo, só tenho que agradecer e dar Gracias a La vida!
Beijos e obrigada pelo carinho de todos!


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Um tempo...

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O corpo não pede um tempo. Ele exige um tempo!

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E contra essa exigência, não há argumentos...

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Breve estarei de volta. Beijos e o meu carinho a todos.




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Imagem...!

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Quando a gente cria uma imagem,





é como criar um monstro.




Não é fácil alimentá-la!







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Nada ficou no lugar...

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O dia amanheceu lindo!
Um sol atrevido veio esquentando suavemente essa fria manhã de abril. Preguiçosamente abri os olhos e ainda sonolenta deslizei minhas mãos vagarosamente pelo meu corpo, como se quisesse reviver aqueles nossos momentos.
Voce me veio a cabeça como cachoeira, inundando tudo. A lembrança das emoções e sensações vividas me invadiram , me fazendo estremecer. Meio perdida entre sonho e realidade, deixei-me ficar alguns minutos em um estado de letargia. Apenas meus pensamentos, num frenesi, tentavam ordenar as imagens e palavras que se agitavam em minha mente. Ainda sob o efeito dessas lembranças, me enfiei embaixo do chuveiro, na tentativa de amenizar tantas pertubações.
São momentos assim que viram poesia. Momentos de puro encantamento, onde as palavras como que criam forma, e vão, através de nossas mãos, se tornando exigentes e reais. O que vivemos não foi sonho, não foi fantasia, foi real. O que sentí, ou o que sentimos, foi real... As palavras foram mero instrumento, usadas por nós, para realizar aquilo que nossos corpos exigiam, numa alquimia de ardentes desejos que fundiram nossas almas.
Depois de voce, nada ficou no lugar...
Não sei o efeito da heroina, do haxixe, do LSD, da maconha ou outra droga qualquer... Sei o efeito que voce causa em mim, e é deliciosamente inebriante.




Ilustração: Manhãs de Outono (Von Herbst morgens )



Um carinho especial de um amigo, aqui: http://planogeral-marcosrocha.blogspot.com/, vale a pena conferir, pelo profissionalismo e serieade do blog.



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Fragmentos

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O sonho é tão lindo, que pertubá-lo com a realidade é até uma heresia.








É na realidade que vivemos, e para ela que temos que voltar, quando as asas cansadas não conseguem mais voar...




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A sutil diferença...!

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A sutil diferença entre o amor e o ódio, é uma tênue linha que, se rompida,
deixa à mostra o que de pior há em nós.
Quebra todo o encanto, nos transformando em feras feridas, acuadas, prontas para o ataque.


Ilustração: Foto retirada da internet.
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Vazio de mim

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Não gosto desse vazio, dessa aridez de sentimentos, dessa sensação que trespassa a alma.

Sou repetitiva, eu sei, só falo de dores e perdas. Mas o que fazer, se os sentimentos que me assaltam são sempre assim, como se quisessem me devorar . Não escolhemos sentimentos, como escolhemos as roupas, sapatos, jóias, e até o perfume, pela manhão, ao sairmos para o trabalho, a noite para irmos a um barzinho, ou no final de semana, para aquele passeio no campo...
Não existe uma loja de felicidade. Imagine um departamento, onde se pudesse escolher sentimentos...
Portanto, se derramo tristezas, se é tudo tão sombrio, é porque não se escolhe o que sentir, como sentir, onde sentir e quando sentir....

Os sentimentos de tristeza e solidão nos tomam de assalto, covardemente, se apossam do nossos pensamentos, sem nos dar qualquer chance de reação e defesa. Imobilizados pela sua força brutal, somos subjugados à sua ação aniquiladora, e só depois de nos levar toda a alegria e felicidade, se dão por satisfeitos.

Pudesse eu correr os olhos pelo meu closed e escolher, em uma prateleira abarrotada de sentimentos, só os de euforia...

Com certeza, sairia todos os dias vestida de felicidade!
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M de Mulher

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M de Mulher:



Seus Malabarismos Mágicos Manipulam Marionetes.
Meninas, Mães, Madres, Marquesas e Ministras.
Madalenas ou Marias. Marinas ou Madonas.


Elas são Manhãs e Madrugadas.
Mártires e Massacradas.


Mas sempre Maravilhosas, essas Moças Melindrosas.
Mergulham em Mares e Madrepérolas, em Margaridas e Miosótis.
E são Marinheiras e Magníficas.
Mimam Mascotes.
Multiplicam Memórias e Milhares de Momentos.


Marcam suas Mudanças.
Momentâneas ou Milenares, Mudas ou Murmurantes,
Multicoloridas ou Monocromáticas, Megalomaníacas ou Modestas,
Musculosas, Maliciosas, Maquiadoras, Maquinistas,
Manicures, Maiores, Menores, Madrastas,
Madrinhas, Manhosas, Maduras, Molecas,
Melodiosas, Modernas, Magrinhas.


São Músicas, Misturas, Mármore e Minério.
Merecem Mundos e não Migalhas.


Merecem Medalhas.
São Monumentos em Movimento,


Esses Milhões de Mulheres Maiúsculas.



(Autor desconhecido)



Recebi em forma de comentário da Ana, Pelos Caminhos da Vida. Tão intenso, que aqui está, para compartilhar com todos, em especial com minhas amigas seguidoras, Mulheres de fibra, que são as grandes homenageadas nesse Dia Internacional da Mulher.

Se alguém souber a autoria, me avise, para que eu possa dar os créditos.


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Realidade...!

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Pés no chão.
Cabeça nas nuvens.
Qual o segredo para viver esse paradoxo?
Nunca perder o nosso cotidiano de vista.
Talvez esse seja o segredo das pessoas com a cabeça no lugar.
As vezes andamos nas nuvens, e se não estivermos com um pé na realidade, o tombo é feio...
A vida não se sustenta de ilusões e sonhos. É muito bom sonhar, faz a gente delirar, cantar, fazer poesias...
Mas jamais esquecer que amanhã é quarta-feira, e que temos de trabalhar, estudar, levar os filhos ao médico,ir a reunião do colégio, fazer supermercado, ir ao salão de beleza, levar o carro na oficina, pagar as contas, levar e buscar os filhos nas festas, chamar o jardineiro, trocar aquela lâmpada queimada, organizar a festa da filha, chamar o bombeiro para consertar aquela torneira pingando, contratar a empregada, levar a roupa na lavanderia, ir ao psicólogo, senão a cabeça pira, ir a academia, à sessão de yoga...
Ah! E ainda tem aquela reunião no escritório, no final da tarde...
O chão da realidade é assim...
E os sonhos? Bem, os sonhos... continuemos sonhando...
Afinal, são eles que nos sustentam, sustentam a alma.
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Inércia

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Da janela da minha sala, vejo a vida que passa.
Meus olhos vislumbram a tênue linha que
separa "o céu da terra".
O horizonte se agiganta e desaparece das minhas vistas,
enquanto faço um esforço, em vão, para alcançá-lo.
Meu olhar vagueia por entre os carros que passam,
pelas pessoas que transitam absortas em seus pensamentos,
pelas árvores que balaçam indolentes ao sabor de
um vento que mais parece acariciá-las.
É uma tarde morna.
Daquelas que nos entediam, um convite ao ócio.
Uma sensação de dormência entorpece os sentidos.
Meu olhar cansado, ofuscado pela claridade, vai perdendo
o foco, e as imagens vão ficando retorcidas e embaçadas.
Sinto nos ombros o peso do mundo.
Os braços caem inertes ao longo do corpo,
O coração palpita forte e compassadamente
como se precisasse de mais ar.
Pernas cansadas, parecem ter cem anos.
Os pés, como chumbo, fixam-me ao chão.
Nem um músculo do meu corpo reage.
A boca exibe um sorriso que é mais um
rito do que já foi um dia.
As mãos frias se entrelaçam, como para ter certeza uma da outra.
Nesse ato de inércia e contemplação,
perco-me em meus devaneios.
Estou à procura de mim.






PS: Meu carinho especial a todos que aqui estiveram, deixando palavras de incentivo, força, carinho...
O meu muito obrigada!
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