Busco tuas lembranças em minha memória e só encontro o vazio. Desaparecem as alucinações, as visões, os flashs de memória que a cada momento faziam-me ver teu rosto, como um fantasma a assombrar-me. Teu sorriso me vem apagado, encoberto pela nevoa do tempo, e tua voz perdeu o som, que antes acariciavam meus ouvidos. Apenas um vulto disforme ainda vagueia por minhas lembraças, até o momento que nada mais restará de ti.
Faz-me falta as tuas lembranças. Estava cheia te ti, prenhe de nossos momentos, e de repente me vejo esvaziada de tudo que me preenchia, e esses vazio do vazio que resta de tí, angustia-me. Falta-me voce para recordar, teu cheiro, tua pele, teu sorriso, , falta-me as recordações do teu abraço, das noites em que nossos corpos fazia poesia em movimento. O que ainda me resta de tí, se perde na neblina do tempo. Trago os olhos tão cansados de procurar por teu rosto, ou os contornos do teu corpo, entre nebulosas recordações de tí .Estar vazia de tí causa-me estranheza e uma sensação de um abismo sem fim. Como um sotão mal assombrado, assim está minh'alma sem tua alma, onde sombras escuras dão aos restos de sentimentos vultos disformes na escuridão do meu ser. Um sotão onde restos de nós , em imagens disformes assombram-me os sentidos...
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